sábado, 20 de dezembro de 2008

Insegurança Atinge área nobre do Recife

Tiros, correria e ladrões armados no meio da rua. A cena, que lembra o cotidiano de algumas ruas do Rio de Janeiro, ocorreu na tarde desta sexta-feira, na Rua desembargador Martins Pereira, no Rosarinho, Zona Norte do Recife, menos de 24 horas depois do quarto arrastão registrado em um mês nas ruas da vizinhança. Desta vez a investida foi contra uma casa lotérica. Quatro homens armados chegaram ao local em duas motos, por volta das 13h30, e roubaram um valor que não divulgado. Na saída, dispararam três vezes contra um segurança da rua que, felizmente, não foi atingido.

O clima de medo na região mais nobre da Zona Norte do Recife tem servido para que o mercado paralelo da segurança cresça. Depois dos seguidos arrastões e assaltos, grupos de vigilância privada têm assediado os condomínios oferecendo segurança durante 24 horas. “Recebemos um documento de um grupo comandado por um homem que se diz sargento da Polícia Militar oferecendo segurança particular. O estranho é que logo após termos recusado essa oferta ocorreu um arrastão na Rua Carneiro Vilela”, afirmou a síndica de um prédio da Rua Teles Júnior, nos Aflitos.

No ofício, a empresa de segurança é identificada com dois nomes: Gaviões Segurança e Brigada Relâmpago. O desenho que ilustra o cartão de visitas do “diretor” é de um homem portando um fuzil. O currículo do responsável diz que ele é sargento da Polícia Militar, trabalhou por dez anos na Radiopatrulha e tem uma equipe responsável por mais de 32 ruas e cinco mil residências e pontos comerciais.

O direito a segurança é uma garantia constitucional, por isso gratuita, do cidadão brasileiro. O que vem acontecendo nas ruas da parte nobre da zona norte acontece, diariamente, em diversas ruas do Recife e, infelizmente, esses arrastões só estão repercutindo na imprensa porque estão acontecendo em bairros nobres.

A investigação nas empresas de segurança do local apresenta-se, como o inicio de um caminho que provavelmente, apontará envolvimentos de pessoas que trabalham na região, seja fazendo segurança ou não.

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